Todos viram o caso da torcedora gremista que chamou o goleiro santista de macaco. Só se falou nisso na última semana. Foi um caso grave e condenável? Sim. A garota errou e deve responder por isso? Sim. Esse é o único caso chocante ocorrido no país nas últimas semanas? Não.
De repente, o caso da torcedora dominou todos os noticiários e redes sociais, deixando de lado outros casos tão (ou até mais) graves quanto esse. A população então se mostrou indignada e sedenta por justiça. A partir daí, não se falou mais em Roger Abdelmassih, o médico acusado de estuprar dezenas de pacientes e que foi capturado recentemente (será que o mesmo já se encontra em sua mansão e ninguém notou?). Não se falou mais no mensaleiro petista condenado José Genoino, que conseguiu o direito de cumprir sua pena em liberdade (assim como tantos outros comparsas). E os novos escândalos que surgiram na Petrobras? Nada em destaque também...
Agora o caso da torcedora está "esfriando" e talvez até voltem a falar mais nos assuntos supracitados, mas uma questão ainda permanece no ar: será que a indignação popular com relação a algum fato chocante se dá naturalmente ou é fruto apenas do que é imposto pela imprensa nos meios de comunicação?
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